É consenso no mercado que a adoção da nuvem tenha chegado a pelo menos 90% das empresas. Isso significa que 9 em cada 10 organizações utilizam algum tipo de serviço na nuvem na sua infraestrutura. Mas o que exatamente quer dizer serviço na nuvem?
Apesar de não ser um tema novo, ainda há muita dúvida em torno de quais formas a nuvem pode tomar para ajudar sua empresa. A verdade é que são vários formatos, cada um deles em um ponto da sua infraestrutura de TI, mas todos com o mesmo benefício: trazer economia de custos e eficiência à organização.
No artigo de hoje, você encontrará um resumo bem completo dos serviços oferecidos na nuvem, seus benefícios e como começar (ou continuar) sua migração para um ambiente de TI moderno e competitivo. Acompanhe!
A importância da nuvem: a base para a transformação digital
As infraestruturas legadas das empresas, frequentemente complexas, não conseguem acompanhar o ritmo das demandas do novo mercado. Isso leva a níveis de serviço medíocres para os clientes e para os trabalhadores, que buscam ajuda com sistemas e aplicativos que costumam ser frágeis, sujeitos a falhas e nem escalonáveis nem flexíveis o suficiente para atender às novas demandas.
Em alguns casos, uma empresa não tem as habilidades necessárias para cuidar de seus sistemas legados, criando o risco de ter problemas para mantê-los funcionando. E, à medida que os fornecedores de tecnologia movem seus sistemas para plataformas habilitadas para a nuvem, as empresas que possuem as versões locais desses aplicativos eventualmente terão o suporte de seus fornecedores retirado.
Vivemos em um mundo em evolução contínua, todas as empresas precisam direcionar a sua atividade para novas formas de tecnologia — é por isso que a transformação digital se torna um meio de sobrevivência, e não mais um diferencial. Para ser competitiva e agregar valor, cada empresa deve adotar o processo de transformação digital, quando necessário, para atualizar sua infraestrutura de TI antiga para uma nova.
Além de adotar soluções em nuvem, uma empresa deve integrar novas formas de tecnologias que aceleram, automatizam e aprimoram os negócios, como Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina, Big Data Analytics e Internet das Coisas (IoT) etc. Considerando que essas tecnologias exigem grande poder computacional e espaço de armazenamento, a nuvem surge como uma solução que permite integrar todas elas.
A computação em nuvem, portanto, tem um papel fundamental: ela passa a ser o catalisador da transformação digital. Em suma, uma estratégia de transformação digital baseada na nuvem oferece as seguintes oportunidades:
- Reduzir custos;
- A chance de capitalizar recursos computacionais muito maiores, fornecidos por provedores de nuvem que executam tarefas de computação intensivas;
- Substituir aplicativos antigos de back-office para soluções modernas e mais eficientes;
- Garantir a flexibilidade necessária para aumentar ou diminuir de acordo com as necessidades do negócio;
- Ter a capacidade de lidar com os enormes volumes de dados provenientes de sensores digitais relacionados à Internet das Coisas (de máquinas em campo, produtos nas mãos dos clientes e locais de negócios);
- Obter recursos para apoiar o uso de inteligência artificial e outros sistemas que identificam oportunidades de negócios, resolvem problemas operacionais e fornecem experiências digitais vencedoras ao cliente.
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Serviço de nuvem: o que é e do que minha empresa precisa?
Basicamente, os serviços de nuvem são toda e qualquer funcionalidade de hardware ou software que o usuário acessa através da internet.
Os serviços em nuvem também dependem de hardwares e softwares, assim como as soluções tradicionais. No entanto, no caso da nuvem, essa infraestrutura não é mais responsabilidade do cliente, mas sim do provedor.
Por isso o termo as-a-Service, que significa “como um serviço” é utilizado. Ele significa que você não compra por um produto mais, como um servidor físico, mas adquire um serviço que esse servidor te oferece.
Dessa forma, você garante ter sempre a tecnologia mais atualizada, sem se preocupar com a depreciação do bem.
A primeira coisa que você deve saber é que esses serviços se dividem em três grupos principais, sendo:
- Infrastructure-as-a-Service (IaaS): serviço que fornece recursos de computação, como armazenamento e rede, através da nuvem;
- Platform-as-a-Service (PaaS): plataforma para execução e desenvolvimento de aplicativos na nuvem — incluindo a infraestrutura para suportá-los;
- Software-as-a-Service (SaaS): software hospedado na nuvem e acessado por meio de um navegador.
Veja abaixo como cada um dos serviços funciona:
Infrastructure-as-a-Service (IaaS)
A Infrastructure-as-a-Service (IaaS), como falamos, fornece recursos de computação tradicionalmente suportados por hardware como um serviço. Esses recursos são acessados pela internet e incluem:
- Poder de processamento das unidades centrais de processamento (CPUs);
- Memória ativa de chips de memória de acesso aleatório (RAM);
- Processamento gráfico das unidades de processamento gráfico (GPUs);
- Disponibilidade de armazenamento de dados em data centers ou discos rígidos.
Tudo isso é feito por meio da virtualização e máquinas virtuais. É o IaaS que permite armazenar grandes quantidades de dados, sem que você tenha que investir em uma mega infraestrutura física para isso. É ele também que possibilita a criação de planos de Disaster Recovery mais eficientes, uma vez que seus dados não ficam “presos” a um único local.
Platform-as-a-Service (PaaS)
A Platform-as-a-Service (PaaS) é um ambiente que permite desenvolvimento e implantação completos na nuvem, para que usuários criem códigos ou aplicativos direcionados às necessidades de cada organização.
A PaaS também inclui infraestrutura de TI, mas acrescenta a ela ferramentas de desenvolvimento e inteligência de negócios (Business Intelligence). Também inclui serviços de gerenciamento de banco de dados, sem que você precise construir e manter uma infraestrutura complexa.
O provedor de PaaS hospeda tudo — servidores, redes, armazenamento, software de sistema operacional, bancos de dados — em seu data center; o cliente usa tudo por uma taxa mensal com base no uso e pode comprar mais recursos sob demanda, conforme necessário.
Dessa forma, o PaaS permite que suas equipes criem, testem, implantem, mantenham, atualizem e escalonem aplicativos (e inovem em resposta às oportunidades e ameaças do mercado) de maneira muito mais rápida e econômica do que se você tivesse que construir e gerencie sua própria plataforma local.
As plataformas na nuvem ainda são divididas entre nuvem pública, na qual seus recursos na nuvem são partilhados com outras empresas, e privada, com uma arquitetura planejada exclusivamente para a organização.
Software-as-a-Service (SaaS)
O último modelo de serviço de nuvem é o SaaS, Software-as-a-Service. O SaaS nada mais é do que o software que você está acostumado, acessado pela internet. Ou seja, você não precisa fazer a instalação de nada na sua máquina — basta acessar o software pelo navegador.
As vantagens do modelo são inúmeras, não é atoa que a oferta de softwares locais está se esgotando, com grandes fabricantes ao redor do mundo anunciando que o suporte para suas soluções locais será cessado ao longo da próxima década.
O SaaS dá à força de trabalho maior mobilidade — algo essencial com a adoção do trabalho remoto aumentando. Além disso, ele permite à empresa otimizar os custos (transformando gastos originalmente classificados como CAPEX em OPEX) e ainda obter um software sempre atualizado, sem que tenha que comprar novas licenças todos os anos.
Gerenciamento e governança na nuvem: por que contratar?
Executar e operar uma implantação de nuvem não é tão simples. As empresas desejam aproveitar os benefícios que a nuvem pode oferecer. No entanto, elas precisam gerenciar suas operações e recursos de nuvem para manter a eficiência. É por isso que pensar no gerenciamento após a migração é fundamental.
O gerenciamento de nuvem inclui um conjunto de ferramentas projetado para gerenciar recursos de computação em nuvem em um ambiente de nuvem pública, privada ou híbrida. Sua empresa pode usar o gerenciamento para otimizar seu uso de recursos e serviços para manter os custos de nuvem baixos.
No nível fundamental, isso permite aos usuários gerenciar seus recursos de nuvem por meio de um pacote de orquestração que automatiza as tarefas de gerenciamento. Isso porque você precisa ter visibilidade total em cada ambiente de nuvem que está executando; incluindo implantações públicas e privadas.
O gerenciamento e a governança na nuvem identificam recursos em sua infraestrutura e garantem que sua empresa os use com o melhor de suas habilidades. Normalmente, as tarefas de orquestração são automatizadas, para ajudar a otimizar o uso dos recursos.
As razões para contratar o gerenciamento da nuvem incluem:
Gestão de autoatendimento
A maioria das soluções oferece suporte ao gerenciamento de recursos de nuvem de autoatendimento. Isso significa que as empresas podem provisionar recursos para seu ambiente de nuvem em vez de receber uma quantidade definida de recursos.
O gerenciamento pode ajudá-lo a determinar se você está usando a quantidade ideal de recursos para suas necessidades de negócios. Isso permite determinar a quantidade correta de recursos a serem solicitados ao seu provedor de nuvem no futuro.
Gerenciamento de custos de nuvem
O principal motivo pelo qual as empresas desejam gerenciar o uso de seus recursos é reduzir custos. Os recursos que você não está usando serão apenas um dreno nas finanças da sua empresa. Gerenciando suas operações de nuvem para garantir que todos os recursos estejam sendo usados, você pode otimizar seus custos de nuvem e reduzir a quantidade de gastos desperdiçados.
Políticas de gerenciamento automatizado
O gerenciamento e a governança na nuvem fornecem políticas e tarefas de gerenciamento de nuvem automatizadas para ajudar a utilizar os recursos. O serviço é baseado em orquestração automática; por exemplo, ele automatiza o processo de localização de recursos sobressalentes em sua rede sempre que você precisar deles. Em vez de esperar até que sua equipe de TI descubra recursos desperdiçados, ele corrige automaticamente os problemas de uso.
Conclusão
A nuvem está cheia de promessas. Mas, embora seja simples em teoria, a transição de sistemas dos data centers de uma empresa para a nuvem deve ser planejada com cuidado. Se o planejamento não for sólido, haverá o risco de grandes interrupções nos sistemas de informação dos quais a empresa depende todos os dias.
Como uma transformação digital trata do futuro da empresa, o planejamento para apoiá-la deve depender da estratégia da empresa, não em preocupações centradas em TI. Os executivos devem se concentrar primeiro no que é relevante para o crescimento de seus negócios e como uma implantação de nuvem pode dar suporte a essa estratégia.
As decisões sobre os recursos de tecnologia para apoiar essa estratégia vêm depois. E enquanto muda os sistemas para a nuvem, a organização deve manter um foco naqueles que experimentarão os sistemas que a nuvem suporta — tanto usuários internos quanto clientes.
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