A internet é a melhor coisa que aconteceu ao mundo após a revolução industrial. As contribuições extraordinárias de engenheiros de computação e programadores habilidosos fizeram da Internet um centro global de informações, transformaram as comunicações e agora servem como um ponto de encontro diário.
Não há um único nome a ser agradecido pela existência da internet. No entanto, as sementes da internet foram enraizadas no início de 1900, quando Nikola Tesla brincou com a ideia de criar um “sistema sem fio mundial”. Além disso, na década de 1970, Robert Kahn e Vinton Cerf desenvolveram o “protocolo de transmissão” de controle e o “protocolo da Internet” que estabeleceram modelos de comunicação para organizar a interação e a rede de dados.
A internet continuou evoluindo até 1990, quando o cientista da computação Tim Berners Lee lhe forneceu uma estrutura ao inventar a world wide web. A WWW popularizou a internet e a tornou simples o suficiente para que qualquer um pudesse navegá-la.
Agora, a internet chega em sua terceira versão, a web 3.0, trazendo consigo perguntas que ainda precisam ser respondidas. A primeira delas, no entanto, é bem clara: será este o futuro da internet? É o que discutiremos no artigo de hoje!
O que é web 3.0?
Web 3.0 é um conceito para a próxima geração da internet. É a evolução de como os usuários podem controlar e possuir suas criações e conteúdo online, ativos digitais e identidades online.
Web 2.0 é o que estamos vivenciando no momento. As empresas desenvolvem e fornecem produtos e serviços de forma centralizada. Tome o Instagram como exemplo. Você acha que possui seu conteúdo do IG? Não, a empresa é proprietária de tudo na plataforma e tem controle total de todo o conteúdo que os usuários criam lá. Se eles quiserem banir ou bloquear você, eles farão isso.
Outro exemplo é o popular jogo online Fortnite. Os usuários têm zero controle sobre suas identidades no jogo e ativos que eles “possuem”. Na Web 2.0, os usuários não podem controlar e monetizar o conteúdo que criam.
Na Web 3.0, no entanto, os usuários podem criar conteúdo enquanto os possuem, controlam e monetizam por meio da implementação do famoso blockchain e das criptomoedas. Isso é o que permite que as NFTs existam, você provavelmente já ouviu falar delas.
O blockchain permite que os usuários interajam com serviços online governados por redes peer-to-peer (redes descentralizadas de computadores), em vez de servidores controlados por uma única entidade. Com o blockchain, os usuários podem possuir seus dados e transações sem a necessidade de intermediários.
A web 3.0, portanto, devolve o controle total das identidades digitais e como e quando os dados são compartilhados aos usuários, oferecendo a eles maior controle sobre o que produzem na grande rede.
O que a Web 3.0 muda na prática?
O maior avanço que leva à entrada na Web 3.0 é a aplicação da semântica em todos os lugares da web. Tim Berners-Lee havia dito que a Web Semântica deveria se integrar ‘automaticamente’ com sistemas, pessoas e dispositivos domésticos. Isso permitiria aos computadores digerir um significado mais profundo dos usuários por meio da análise de dados em tempo real.
Essa internet envolveria IA e ML que processariam conteúdo como um ‘cérebro global’, com todos os dados conectados de maneira contextual e conceitual.
As máquinas seriam capazes de tomar decisões para o usuário com mais rapidez e precisão do que qualquer sistema humano ou atual, levando os usuários em qualquer plataforma a experimentar conteúdo e processos de decisão mais personalizados, impulsionados por conectividade de dados aprimorada.
Os dados coletados de qualquer site serão adicionados ao seu perfil online e serão usados para tomar decisões mais aprofundadas em qualquer outro site que você visitar.
Um recurso importante da Web 3.0 é a capacidade de armazenar dados com segurança e distribuir por vários dispositivos, não mais presos a servidores centralizados.
Todos os dados serão mantidos por meio de verificações de rotina constantes de outros dispositivos na rede. A descentralização de dados aumenta muito sua resiliência ao comprometimento, reduzindo os riscos de vazamentos massivos de dados e tornando quase impossível que as informações dos usuários sejam vendidas sem seu consentimento.
O que a Web 3.0 significa para os negócios?
A maior vantagem que a Web 3.0 traz para o mundo corporativo é a remoção de toda a confusão entre consumidores e empresas. Os consumidores teriam uma voz mais impactante nos produtos que obtêm.
A Web 3.0 prioriza a socialização e a colaboração entre as marcas e seus consumidores, fazendo com que a contribuição dos consumidores afete todas as etapas da produção de uma empresa, levando a experiências de compra mais definidas e pessoais.
A Web 3.0 também daria um lar ao Metaverso. As pessoas poderão comprar imóveis e conteúdos digitais para eles, criando seu próprio ecossistema online individual que podem experimentar sozinhos ou compartilhar com amigos.
Um papel crucial desempenhado tanto no metaverso quanto no salto para a Web 3.0 é a introdução de NFTs, como falamos. Esses tokens são quase impossíveis de recriar ou roubar, permitindo que dados confidenciais sejam armazenados, movidos ou até vendidos com muito mais facilidade do que no passado.
A descentralização de dados e o uso da tecnologia blockchain estão sendo utilizados por todas as partes da internet. A indústria de jogos já aproveitou essas novas técnicas com jogos contando muito mais com tokens gerados pelos usuários para usar e bloquear como qualquer outra criptografia.
O mundo das finanças digitais também notou o uso de finanças descentralizadas que permitem que as pessoas emprestem ou tomem emprestado moeda digital e física sem precisar usar instituições financeiras centrais, como bancos. Eles são mantidos juntos por contratos inteligentes com o uso de blockchains que garantem que todas as transações sejam mantidas e seguidas.
Embora a Web 3.0 tenha se moldado bem com o crescimento exponencial das NFTs e jogos, ainda há um longo caminho para o seu desenvolvimento completo e muito mais espaço para crescer em termos de tecnologia.
Enquanto isso, fica a pergunta: o que você espera da web 3.0 e como pensa que ela impactará os negócios? Comente abaixo e compartilhe conosco!