Atualmente, podemos observar que cada vez mais os objetos ao nosso redor têm a capacidade de se conectar entre si. Seu relógio conecta ao seu celular, que conecta com sua TV, que conecta com o aparelho de som e até mesmo com outros eletrodomésticos da casa.
Você sabia que existe um termo para isso?
A Internet das Coisas, também conhecida como IoT (sigla do inglês Internet of Things), denomina essa rede de objetos físicos interconectados, integrados por via de softwares, sensores e tecnologias, que trocam dados entre si.
Um ecossistema que conecta objetos físicos, através de uma rede, para trocar, armazenar e coletar dados por meio de uma aplicação de software, com o objetivo de gerar mais inteligência, produtividade e facilidade no dia a dia das pessoas e nas operações dentro de empresas.
De onde surgiu?
Esse conceito não é uma novidade. O termo foi criado no ano de 1999 por Kevin Ashton, pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology.
“Seres humanos, assim como o ambiente que os rodeia, são físicos, e a economia e a sociedade são baseadas em coisas. No entanto, a tecnologia da informação de hoje é tão dependente dos dados originados pelas pessoas que nossos computadores sabem mais sobre ideias do que coisas”, afirmou Ashton em seu artigo ‘A Coisa da Internet das Coisas’ para o RFID Journal, em 2011.
Na época, o pesquisador defendia que se os computadores conseguissem saber as coisas por meio de dados coletados sem intervenção humana, seria possível otimizar diversas atividades rotineiras.
Porém, só recentemente, com a invenção da conectividade sem fio, que a tecnologia necessária para torná-lo realidade se tornou disponível. Com a evolução dessa tecnologia, essa ideia foi se materializando e se tornando cada vez mais real.
Como funciona a IoT?
Como já sabemos, o dispositivo ou objeto em questão tem que ser equipado com mecanismos que possibilitam a conexão com uma rede, seja ela Wi-Fi, Bluetooth ou dados móveis (3G, 4G e 5G).
Dessa forma, é possível que os objetos se conectem e acessem as informações armazenadas na nuvem e coletem dados para as mais diversas funções. Dependendo assim de quase nenhuma interação humana para o seu funcionamento.
Internet das coisas e Inteligência artificial
Apesar de confundidas, a internet das coisas e a inteligência artificial não são a mesma coisa.
Com o passar do tempo e a evolução desses processos, a IoT passou a contar com a tecnologia da Inteligência Artificial, onde as duas passam a coexistir. Apenas com os dados gerados por objetos conectados à internet que os algoritmos fazem com que as máquinas aprendam e possam funcionar.
Os dados gerados pela IoT podem ser processados por um software de inteligência artificial, otimizando a tomada de decisões e aumentando a agilidade dos processos. Ao mesmo tempo, em que um software de inteligência artificial, como um chatbot por exemplo, precisa dos dados coletados pela IoT para cumprir seu papel de forma mais personalizada.
Iot no nosso dia a dia
Nos dias atuais, essa tecnologia está presente em muitos dos dispositivos utilizados, desde o gerenciamento doméstico, nos cuidados com a saúde, até nos transportes, nas indústrias, no planejamento urbano e até mesmo na geração de energia.
Além de carros, smartphones, smartwatches e fones de ouvido, dentro de nossa casa, a IoT pode estar presente nas Smart TVs, nas geladeiras, nas fechaduras inteligentes, microondas e outros eletrodomésticos conectados à rede de internet.
Muito importante também na área da saúde, essa tecnologia é essencial para otimizar o atendimento dos profissionais da área, ajudando na integração com o prontuário do paciente, identificando qualquer alteração em seu estado clínico.
Internet das coisas no ambiente corporativo
Não só é possível encontrar dispositivos IoT sendo utilizados em situações comuns da vida diária, mas também é muito recorrente e valioso no âmbito profissional.
A partir da tecnologia da IoT, as empresas têm mais informações e melhores compreensões da realidade em que atuam. Esses dispositivos além de registrar e transferir dados para monitorar processos, podem fornecer novos insights, permitindo que você e sua equipe tomem decisões com base nas informações coletadas.
O uso da Internet das Coisas no ambiente corporativo pode ser muito útil para tornar os processos da empresa mais otimizados e produtivos, aumentando a qualidade e padronização das entregas, consequentemente os resultados para a empresa.
Algumas dicas de como utilizar a IoT no ambiente corporativo:
- No setor de varejo, por exemplo, é possível usar a inteligência dos dados coletados por essa tecnologia para fornecer serviços e soluções personalizadas para a demanda de cada consumidor.
- Equipamentos conectados à internet podem ser controlados remotamente, o que permite monitorar e gerenciar a produção, sem precisar alocar funcionários, gerando uma redução de custos para a empresa.
- Operações mais sustentáveis – Luzes e dispositivos quando não estão em utilização podem ser desligados automaticamente utilizando a tecnologia da IoT, reduzindo assim o custo de energia.
- O uso dos dados coletados pela tecnologia da Internet das Coisas pode ser utilizado ainda para a produção de novos modelos de negócio a partir das tendências de mercado observadas com a análise desses dados.
A expansão dessas ferramentas tecnológicas no mercado está contribuindo para uma transformação digital no mundo. A ideia é que, cada vez mais, o mundo físico e o digital se tornem um só, através de dispositivos que se comuniquem uns com os outros.
São inúmeras as possibilidades de melhora em cada área que a Internet das coisas proporciona para a nossa realidade e a tendência é que essas possibilidades continuem aumentando à medida que a tecnologia vai evoluindo e mais pessoas e objetos se conectem.