Hoje eu vou contar uma história para vocês. Ela começa na Idade da Pedra e termina – até então – em 2020. Se você tem algum outro compromisso, por favor desmarque, que a história vai ser longa. Estou brincando!!! Na verdade, vamos sim olhar para o Homem da Idade da Pedra, e também olhar para o Homem dos dias atuais, há neles uma semelhança incrível! Eles eram/são a melhor versão de si mesmos! 

Sim, meus amigos, aquele homem da Idade da Pedra, com uma roupa de pele rasgada de maneira selvagem, uma lança praticamente bruta in natura, com uma pedra lascada na ponta era o melhor e mais apto Ser Vivo de sua geração, com os equipamentos dos mais altos níveis de tecnologia para a sua época. Poderia enfrentar problemas e situações mais complicadas com tais equipamentos. Sem eles, seria uma criatura mais vulnerável. 

Quando olhamos para o homem dos dias atuais, podemos ver nele também a melhor versão de si mesmo, e óbvio que é muito, muito, muito superior ao homem da Idade da Pedra, mas cada um em sua melhor versão em sua respectiva época. O homem dos dias atuais pode se conectar a outro instantaneamente pela internet, pode acessar informações produzidas debaixo da água e no mais alto céu no conforto da sua casa. Criou máquinas para pensar por ele e trabalhar por ele. E pode compartilhar e aprender dessas informações e usá-la em favor de seu próprio benefício ou em favor do benefício coletivo. Não importa se seja a tecnologia que permite plantar e colher os frutos sem qualquer trabalho manual humano, ou se é para a guerra com um drone não-tripulado capaz de vencer batalhas e destruir cidades, ou se é com uma geladeira para conservar alimentos de maneira mais eficaz, mas com tantas funcionalidades que hoje em dia já te informa a data de validade dos alimentos e faz uma compra no mercado, entregando na sua casa, sem qualquer esforço. 

A real é que podemos fazer coisas grandiosas e incríveis quando criamos coisas! 

Para aqueles que já assistiram ao filme “Inception”, ou no Brasil: “A Origem”, lá também é falado que uma ideia original, elementar, é algo muito raro de acontecer, pois praticamente tudo o que criamos é consequência natural das informações obtemos, aprendemos, e que experimentamos. 

Vamos falar da estrutura disso. 

Primeiro temos os dados. Eles estão em todo lugar. A todo instante. O próprio tempo é um dado. As forças naturais? Dados. Cores? São dados. Formatos? Pesos? Funções? Dissoluções? Composições? Tudo isso são dados. Eles existem isoladamente, mas só eles não significam nada. Falar que um tal objeto tenha 12 quilogramas não significa nada. Afinal, 12 kg podem ser pesados para uma criança carregar, e absolutamente nada para um trator levantar. Então algo que tenha um dado, por si só, não é nada relevante. 

Uma vez que temos os dados, agora podemos obter informações, que obviamente é diferente de dados. Toda informação advém de dados. A informação vai categorizar o dado. Vai dar a eles um significado. Pegando o mesmo exemplo, é a informação que diz se uma criança pode ou não carregar tal peso, tal qual é a informação que diz se um trator pode ou não levantar o mesmo peso. A informação não produz resultados grandiosos, nem tiram conclusões complexas. O homem da Idade da Pedra começou a perceber as informações a partir de seus próprios experimentos, tal como a produção de fogo, o lascar a pedra para afiar, altitude que pode pular ou não. 

Com tantas informações, podemos conecta-las cognitivamente, com inteligência, produzindo conhecimento. Um exemplo das antigas: estrelas no céu são dados, a informação categorizava seus movimentos e brilhos diferentes, já o conhecimento se dá na interpretação da informação e conectando por exemplo às informações já obtidas no cultivo e na lavoura, sabendo quando seria as épocas de chuvas e etc. 

Mas esse conhecimento não vem assim, do nada, oh surgiu um conhecimento novo. 

A partir do conhecimento que já se tem, testamos ideias, que nada mais são do que a conexão de dois ou mais conhecimentos distintos. Toda vez que a ideia se confirma, se realiza, ela produz o que podemos chamar de entendimento. 

O entendimento é a plenitude do saber, é a sabedoria. E todo entendimento produz novos conhecimentos. E esta, meus amigos, esta é a inovação. 

A inovação é o resultado bem-sucedido de ideias originadas dos conhecimentos que já temos. 

O processo de desaprender e reaprender, no seu sentido mais elementar, é aceitarmos que nem mesmo todo o conhecimento é capaz de ser completo em si, que novas ideias podem – e precisam – ser experimentadas de tal maneira que seu sucesso produza novos entendimentos e assim a inovação. 

Assista o vídeo a seguir: 

Trabalhar com as Práticas Ágeis não é uma coisa inovadora. A inovação dela já se realizou. Aqueles 17 signatários do Manifesto Ágil, lá em 2001, reuniram seus conhecimentos e experiências, se lançaram em uma ideia, que ao testar e experimentar tal ideia, resultou em um entendimento incrível. A grande evolução da produção de programas, e de serviços tecnológicos é um desdobramento direto desta ideia bem-sucedida. 

Quanto mais pessoas estudam e aprendem sobre a Agilidade, mais conhecimentos obtém, e a partir deles, novas ideias vão sendo testadas e resultando em novos entendimentos. Quer seja nas escolas, nos bancos, nos hospitais, nos transportes. Este é um ciclo poderoso, que fez com que um homem da Idade das Pedras pudesse se transformam no que somos hoje. 

Já parou para pensar o que seremos daqui 10 anos? Daqui 50? Daqui 500? 

Tudo o que você já aprendeu, é útil, é válido, é valioso, mas o mundo está mudando com uma velocidade menor do que uma geração. E isto nos torna únicos em toda a história da humanidade. Transformações aconteceram no passado, mas lhes custavam mais do que uma geração para que elas fossem de fato implantadas e difundidas. Até mesmo aqueles grandes inventores e cientistas do passado, não estiveram presentes no grande entendimento de suas próprias invenções. 

Te pergunto: e como seria a escola do futuro? Tal como há 100 anos? Ou podemos utilizar todo o conhecimento de diversas áreas e então experimentar uma ideia do que seria uma escola evoluída? Como seriam os bancos do futuro? Burocráticos como sempre foram? Ou será que podemos experimentar serviços bancários e financeiros rápidos e integrados com tudo o que precisamos no dia-a-dia? 

O mundo não é o mesmo, porque pela primeira vez na história, esta geração vive uma explosão de conhecimentos jamais antes vista, e a cada instante, pessoas ao redor do mundo testam suas ideias e produzem novos entendimentos. Constantemente produzindo mudanças! 

Assista um rápido e interessante vídeo a seguir: 

 

Isso é incrível!!! 

Eles testaram uma ideia e que trouxe um novo entendimento, conhecimento e consequentemente um novo crescimento para a empresa. 

Diante do exposto de algo novo, ouça com atenção, perceba o movimento em massa e a evolução dos comportamentos humanos. Perceba que as novidades já chegam para cada um de nós como conhecimento, mas que antes desta inovação, ela foi uma ideia experimentada e bem-sucedida e que resultou em um entendimento. 

Não é sobre saber fazer ou não algo que alguém inovou. É sobre você, mesmo o tão simples você, é sobre você descobrir novos entendimentos que podem mudar o mundo. Tudo começa assim, com conhecimento. 

 

Artigo escrito por: João Cheab, Agile Leader